Escher

Escher

quinta-feira, março 12, 2015

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Desde que o mundo é mundo
Eu sou eu.
As águas que correm salgadas, doces,
Fosforescentes auroras das manhãs
E ventos e neves, sóis e vulcões.
Desde que a vida pulsa
E a morte mata
Que eu sou eu.

Quando a luz se fez,
E o verbo cantou,
Que a vida floresce,
Que o mal se imiscui
E a bondade roga
A mais tola prece.
Eu sou eu.

Quando a dor é pranto
Quando a dor é canto
Quando a dor é silêncio.
Eu sou eu.

E porquanto, ainda, há esperança
Em átimos fulgurantes em que a vida se esvai
Eu sou eu.


E quando o desalento toma a face
E o tempo sorve cada gota de amor,
De labor,
De ardor,
Eu sou eu.

Desde a terra
E sua lua,
Sois algures,
Galáxias e suas brumas,
Enquanto tudo isso é
E antes até,
Eu sou eu.

Em cada átomo
Em cada quark
Que pulsa ordem
E clama caos
Diante de Deus
Diante do Mal
Eu sou Eu
E até mais.

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