Se assim o foi, não foi minha intenção,
Mas é certo que aconteceu, e o que se perdeu não há como mensurar.
Dentre lágrimas e passado, entre os pesos dos abraços,
ah, o olhar que pede, o olhar que cede...
É possível demonstrar
O som profundo de seus passos?
Tentação, tentação...
Realmente, eu não sei se quero lhe tocar,
Eu não sei me entregar...
Quando o vento é o único laço que nos prende,
Eu me pergunto, mesmo que insolente,
Sobre o amor de teus lábios vermelhos, carmim.
Assim, para mim, não há outra escolha,
Então me encerro, me fecho, deito e adormeço.
Doce sono que me prende a mim,
Mas por favor, você bem sabe,
As lágrimas brotam, mas não me acorde.
Escher
sexta-feira, janeiro 27, 2012
terça-feira, janeiro 24, 2012
Coisas humanas
As coisas que se seguem, por vezes transbordam,
Implacáveis, percorrem os túneis profundos,
Em meio à lama ou ao brilho doído que irrompe inesperadamente,
Mesmo no fundo...
As coisas que se seguem, por vezes ressecam,
Impossível afirmar o quão estéril se torna o quarto que abriga nossas vidas,
Ou que belas coisas são reveladas, quando descobertas, a respirar o ar do sol,
Mesmo a noite...
As coisas que se seguem, sempre nos lembram do ato reservado,
Quando o corpo é o mais delicado santuário com as mais vastas paisagens,
Em único altar, acima das estrelas pingadas, do amor volátil e da carne rasgada,
Mesmo sendo humano...
Certas coisas, muitas vezes, se tornam esquecidas,
E enquanto as árvores crescem e desfalecem
Nos sentamos a tomar café, e olhamos a cara um do outro em busca de sinais,
Mesmo que vazias...
Implacáveis, percorrem os túneis profundos,
Em meio à lama ou ao brilho doído que irrompe inesperadamente,
Mesmo no fundo...
As coisas que se seguem, por vezes ressecam,
Impossível afirmar o quão estéril se torna o quarto que abriga nossas vidas,
Ou que belas coisas são reveladas, quando descobertas, a respirar o ar do sol,
Mesmo a noite...
As coisas que se seguem, sempre nos lembram do ato reservado,
Quando o corpo é o mais delicado santuário com as mais vastas paisagens,
Em único altar, acima das estrelas pingadas, do amor volátil e da carne rasgada,
Mesmo sendo humano...
Certas coisas, muitas vezes, se tornam esquecidas,
E enquanto as árvores crescem e desfalecem
Nos sentamos a tomar café, e olhamos a cara um do outro em busca de sinais,
Mesmo que vazias...
terça-feira, janeiro 10, 2012
Definição de mim?
A geometria do fracasso
Meio sem medida
Falta métrica
Falta rima
E nem Deus sabia
Que coisa é essa
Coisa descabida
Parece mais uma palavra
Palavra fria
Coisa sem graça, vazia
Mas minha lágrima
Ainda assim
Ainda assim
assim
caía
ia
Coisa descabida
Meio sem medida
Falta métrica
Falta rima
E nem Deus sabia
Que coisa é essa
Coisa descabida
Parece mais uma palavra
Palavra fria
Coisa sem graça, vazia
Mas minha lágrima
Ainda assim
Ainda assim
assim
caía
ia
Coisa descabida
domingo, janeiro 01, 2012
Ilusões
Amor, amor, eu sim
Eu sei
Sei também que outros também
Vazios, vazios
Segue livre, se sente em paz
Amor, o universo não te ama, eu sim
Segue, segue seu caminho
Em nome da tua leveza
E nome da tua liberdade
Você matou flores no caminho
E hoje diz que as ama
Girando estrelas
Girando o tempo
Amor, amor, o universo não te ama
Amor, amor, eu sim
Eu sei
Sei também que outros também
Só a minha
Só a minha mente
E o meu coração
Sabem a verdade
Sabem que
O universo não te ama
Mas eu sim
E outros também
Meu amor, de teus olhos brotaram lágrimas
Rios lindos
Você morreu, amor
Ah, amor
Não me deixe aqui
Não floresci
Por seu olhar
Pra morrer assim
O universo não te ama
Nem a magia da vida
Mas eu sim
E outros também
Você morreu, amor
Já é outro
Já não é você
Já é outro
Mas o deus que você foi para mim
Não conseguirá ser para mais ninguém
E continuará para sempre
Sendo divino em mim
Que você, amor, é meu amor
E isso é tudo que eu tenho pra mim
Postado por
Matheus Tudor
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