Escher

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segunda-feira, agosto 31, 2009

apóstrofe para a morte


Oh morte, vê se não demora
Digo-lhe olá
Não posso perder a hora
Tenho horários a cumprir
Pessoas há deixar
Lembrança há criar
Escolhas sem fazer
Momento para não viver
Esperanças que desistem

Ah morte, não machuque
A lã, novelo de vida
A dor corrompe
Exala o odor
Tentou mentir
Viveu de modo indolor
Lembrou de esquecer
Apresentou-lhe conhecidos
Pelas costas se tem presentes

Hei morte, não me esqueça aqui
Não fui feito para apodrecer em vida
Apodrecer com os homens
Podres úteros a lhe dar novos clientes
Olhos velhos arranham a paisagem
Secos como o mundo seca
Sangue podre corre em nossas veias
Banha as flores do jardim
E apodrece nossa fértil imaginação

Argh... Morte, eu sinto o seu doce hálito
Fresco dia de uma noite viva
É hora de marchar
Apodreço por dentro
E a sobra de tudo
Mostra o que é ruim no lado bom da coisa

domingo, agosto 30, 2009

soneto sobre viver


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Blog de mim para mim, e talvez à alguém mais...


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Pulsar, pungir, pulsar, pungir;
Pulsar, pungir, pulsar, pungir;
Pulsar, pungir, pulsar, pungir;
Pulsar, pungir, pulsar, pungir;

Pulsar, sorrir, pulsar, sorrir;
Pulsar, sorrir, pulsar, sorrir;
Pulsar, sorrir, pulsar, sorrir;
Pulsar, sorrir, pulsar, sorrir;

Pulsar, chorar, pulsar, chorar;
Pulsar, chorar, pulsar, chorar;
Pulsar, chorar, pulsar, chorar;

Pulsar, caminhar, pulsar, caminhar;
Pulsar, caminhar, pulsar, caminhar;
Pulsar, caminhar, pulsar, caminhar.