Escher

Escher

quinta-feira, agosto 18, 2011

Persistência


O lençol branco que me cobre
É manto frio e sereno
Vestimentas de uma noite
Esgueirando-me em busca de amor

E na brisa fria e indolente
Que me traz sons que antes não ouvia
Pois perdurava em silêncio irritado
Com a condição de solitário

É onde encontro o desejo
De ser carregado, debandado, anulado
Mas existem coisas a serem feitas
Entre outras tantas desfeitas


...


Eu tenho defeitos, eu bem sei
Mas tento ser um fruto bom, eu bem sei
Escavando minha tumba, recitando meu epitáfio
Esforço em vão, mas necessário

Os risos sinceros e bobos, são podres
O nojo em você despertam, e lhe soam sem sabores
O meu momento ingênuo é sinal de estupidez
Eu não sirvo, eu não cresço com lepidez

Distraído, não imagino o olhar que me foi reservado
A irritação causada, a palavra pronunciada, e então fico calado
A pensar que o que sou me causa dor
É minha cândida sina de horror

Dúvida caótica


Entre ciência e amor fugaz,
Divido-me em profunda melancolia...
Açoito-me com meus mais profundos anseios,
Fingindo, descontente, que o final não se sabia...

Tenho em minha mente o caminho longínquo dos anos,
Tenho interações intermoleculares de meus sonhos
Que de tão fracas
Volatizam!