Escher

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terça-feira, janeiro 24, 2012

Coisas humanas

As coisas que se seguem, por vezes transbordam,
Implacáveis, percorrem os túneis profundos,
Em meio à lama ou ao brilho doído que irrompe inesperadamente,
Mesmo no fundo...

As coisas que se seguem, por vezes ressecam,
Impossível afirmar o quão estéril se torna o quarto que abriga nossas vidas,
Ou que belas coisas são reveladas, quando descobertas, a respirar o ar do sol,
Mesmo a noite...

As coisas que se seguem, sempre nos lembram do ato reservado,
Quando o corpo é o mais delicado santuário com as mais vastas paisagens,
Em único altar, acima das estrelas pingadas, do amor volátil e da carne rasgada,
Mesmo sendo humano...

Certas coisas, muitas vezes, se tornam esquecidas,
E enquanto as árvores crescem e desfalecem
Nos sentamos a tomar café, e olhamos a cara um do outro em busca de sinais,
Mesmo que vazias...

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