O traço leve que me contorna
Esconde a singeleza triste
Porém não se espante ou grite
Faz tudo parte da alma morta
Mas que vive
É este o meu universo de discurso
É esse o meu melhor mundo possível
Dentre todos aqueles impossíveis
Que se desmancham nos bancos das praças
Oferecendo flores, sorvete, abraços...
Ah... Mas quantos dias há
Desde que não me entrego
Naquela textura que inebria
Me torna podre e me fascina?
Não, não sou dado aos prazeres da carne
Nem os do espírito
Muito menos da cotidiana vida
Não, não lateja a dor a mim outrora infligida
Nem mesmo a morte e seu destilado amargo-vil prazer traçam meus dias
Pois não lato como os vira-latas ao mundo, em protesto!
Muito menos uivo assim que nem lobo esteta para o luar de uma paixão
Sim, eu apenas levito
Quem sabe orbito em torno de minha existência
Que de mim mesmo, apenas nulifica.
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