Escher

Escher

quinta-feira, fevereiro 02, 2017

Passado e futuro

Vou contar a vocês
A história do que vivi
Que tem segredos abertos
Passados marcados
Caminhos antigos
Com belas árvores
(e folhas caídas)

Pulsa, pulsa e brota, jorra, derrama
O sangue que nasce da ferida
Outrora criada por tua doce lascívia
Que não foi minha

A dor é um som calmo
Que segue seu percurso
Como a dama em uma valsa
Talvez você queira guia-la
Pelo mundo em delícias
Mas isso é ilusão fugaz
De inocência tola
Destituída

Ah, mas é tão bela
Toda a minha podre vida
Que por vezes penso
Que talvez dela alguém
Se apaixone
Se enamore
Se complete
Fazendo de mim
Talvez, quem sabe
Um inocente jardim de delícias

Não, não te direi coisas da minha vida
Só sonhos e pesadelos
Perfumes serenos
Calores cansados
Canduras trancadas

Não, não te direi coisa alguma
Nas linhas tecidas com vida
Nas brumas de desejos distantes
Nas calúnias divinas
Nos assombros profanos
Eu não me deito mais
Não aceito mais
Ser torto assim
Ou certo
Uma performance
Uma brisa
Nem uma nem outra
Serei apenas escuridão
Que é onde o amor se faz
Onde a traição se trai
Onde a tristeza se exprime
E a vida se comprime
Com corpos que se imprimem
Ah...

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